terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Apareceu a Margarida!!

Olá amigos e amigas blogueiros!
Desculpe minha ausência, mas estou meio sem tempo, com milhares de trabalhos para fazer e uma monografia que ainda nem começei...
Estou passando para dar notícias e pedir que não me esqueçam, que assim que eu estiver mais livre, venho por aqui e vou visitá-los.
Abaixo vou deixando um texto que escrevi há uns dias, falando um pouco sobre a minha pessoa.
Beijos carinhosos em todos!

Sou uma pessoa em contínua transformação.
A cada dia aprendo coisas novas sobre mim mesma, e muitas vezes, me surpreendo.
Sou boa mas não sou santa. Gentil, mas não tola.
Geralmente, sou educada com todo mundo, até com quem não merece a minha boa educação. Palavrinhas mágicas como “Por Favor”, “Com Licença” e “Obrigada”, sempre fazem parte do meu vocabulário; mas não pise no meu pé não, por que eu também sei ser grossa; e acho que falar palavrão é terapêutico.
Minha idade não me pertence. Em uns dias, tenho cara de mais nova e cabeça de mais velha. Em outros, cara de mais velha e cabeça de mais nova.
Converso para desabafar e para resolver meus problemas. Converso bobagens e tenho papos cabeça. Acredito que tudo possa ser resolvido com uma conversa, das coisas mais banais aos problemas mais complexos.
Já tomei porres de felicidade e porres de tristeza. Já bebi pra esquecer. Já bebi pra me vingar. Falei muita coisa que não devia. Fiz muita coisa que não faria. Já falei inúmeras vezes “Nunca mais eu bebo”.
Eu adoro livros, teatro, cinema. Sei ser culta e recitar poesias. Mas também assisto besteiras e falo abobrinhas.
Minha vida tem trilha sonora. Sou apaixonada por músicas, que sempre me lembram alguém ou algum momento. E sou bem eclética. Escuto de Ópera à Funk.
Valorizo muito as minhas amizades e fico triste em sentir que o carinho que tenho por alguém não é recíproco. Me dôo demais, me preocupo demais e até “mimo” demais os meus amigos. Procuro ao máximo manter as minhas amizades mas se vejo que essa vontade só parte de mim, eu não vou mais atrás.
Eu tenho medo de perder quem eu amo.
Eu espero demais das pessoas, e sempre acabo me machucando muito por causa disso.
Eu amo a Lua. Lua cheia, de preferência. Amo a praia, o mar, o céu, as estrelas, a chuva e o sol.
Eu não gosto de andar descalça, mas às vezes preciso tirar os chinelos e sentir o chão.
Eu assisto mil vezes os mesmos filmes e me emociono mil vezes com as mesmas cenas.
Eu não gosto de chorar na frente de ninguém, e não gosto de ver ninguém chorar na minha frente.
Eu sou preguiçosa e odeio acordar cedo.
Sou transparente e não consigo fingir o que não estou sentindo. Quem me conhece de verdade sabe como estou só de olhar pra mim, ou de ouvir a minha voz.
Eu não falo “Eu te amo” como quem diz “Bom dia”, e não me sinto obrigada a amar pessoas só por que elas são da minha família.
Eu sou caseira mas também adoro sair. A companhia vale, pra mim, muito mais que o lugar.
Eu sinto com a cabeça e penso com o coração.
Sou racional mas às vezes sou impulsiva.
Eu não fico por ficar. Não conto pessoas como quem conta rebanho. As pessoas têm que ter significado pra mim.
Eu não troco amizade por homem. Homens vem e vão. Amigos de verdade vem e permanecem. Eu adiciono as amizades ao homem. O homem certo não me faria ter que escolher.
Eu não acredito em contos de fada nem em príncipes encantados. Prefiro príncipes (des) encantados, imperfeitos e humanos. A perfeição me cansa.
Faço terapia pra me conhecer e espantar meus demônios.
Eu sou frente e sou verso. Claridade e Escuridão.
Sou uma pessoa em contínua transformação.
(Caroline Marques Fernandes)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Veronika decide morrer



Trailler do filme " Veronika decides to die", do livro do Paulo Coelho " Veronika decide morrer", que vai passar nos cinemas em 2009!
O livro está recomendadíssimo!!! =)

"No dia 11 de Novembro, Verónika decidiu que havia - afinal! chegado o momento de se matar...
e não se estava a matar porque era uma mulher triste, amarga, vivendo em constante depressão... Haviam duas razões:
A primeira é que tudo na sua vida era igual, e - uma vez passada a juventude - seria a decadência...
A segunda, Tudo o que se estava a passar no mundo estava errado e ela não tinha como reparar isso...
Quanto tempo me resta?- Repetiu Verónika, enquanto a enfermeira dava a injecção.
- Vinte e quatro horas. Talvez menos.
Ela baixou os olhos, e mordeu os lábios. Mas manteve o controlo.
- Quero pedir dois favores.
O primeiro, que me dê um remédio... de modo que eu possa ficar acordada, e aproveitar cada minuto que restar da minha vida. Eu estou com muito sono, mas não quero mais dormir, tenho muito que fazer - coisas que sempre deixei para o futuro, quando pensava que a vida era eterna. Coisas pelas quais perdi o interesse, quando passei a acreditar que a vida não valia a pena.
- Qual o seu segundo pedido?
- Sair daqui, e morrer lá fora. Preciso de subir ao castelo de Lubljana, que sempre esteve ali, e nunca tive a curiosidade de vê-lo de perto... quero andar na neve sem casaco, sentindo o frio externo - eu, que sempre estive bem agasalhada, com medo de apanhar uma constipação.
Enfim, Dr. Igor, eu preciso de apanhar chuva no rosto, sorrir para os homens que me interessam, aceitar todos os cafés para os quais me convidem.
Tenho que beijar a minha mãe, dizer que a amo, chorar no seu colo - sem vergonha de mostrar os meus sentimentos, porque eles sempre existiram, e eu escondi-os...
Quero entregar-me a um homem, á cidade, à vida e, finalmente, à morte."

(Paulo Coelho "Verónika decide morrer")